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Como definir a categoria correta do seu produto para animais

Para quem atua na fabricação de produtos destinados à alimentação animal, a correta classificação do produto é uma etapa fundamental. Ela impacta diretamente o processo de regularização, as exigências de rotulagem, o controle de qualidade e até a estrutura necessária dentro da fábrica.
Por isso, entender o que diferencia um alimento completo, um suplemento, um premix ou um núcleo é essencial para garantir conformidade e competitividade no mercado.

Abaixo, apresentamos as diferenças entre essas categorias e como cada uma influencia o processo de regularização.

Alimento completo

O alimento completo é desenvolvido para atender integralmente às necessidades nutricionais do animal, podendo ser utilizado como única fonte de alimentação, exceto a água.

Características

  • Formulação equilibrada e completa.

  • Não exige complementação com outros produtos.

  • Indicado para diversas espécies e categorias produtivas ou de companhia.

Impacto na regularização

A regularização de alimentos completos envolve atenção especial à formulação, aos níveis nutricionais declarados e à rotulagem, que deve apresentar informações claras e padronizadas.

Suplemento

O suplemento tem a função de complementar a dieta principal, fornecendo nutrientes que podem ser insuficientes na alimentação básica do animal.

Características

  • Não substitui o alimento completo.

  • Ajusta o aporte de vitaminas, minerais, energia ou proteína.

  • Exige instruções de uso precisas para garantir eficácia e segurança.

Impacto na regularização

A indicação de uso e os limites de inclusão precisam ser definidos corretamente, já que a eficácia e segurança do suplemento dependem da dosagem adequada.

Premix

O premix é uma mistura concentrada de micronutrientes que compõe uma pequena fração da dieta final. É utilizado como base para complementar formulações dentro das fábricas ou propriedades.

Características

  • Altamente concentrado.

  • Não deve ser fornecido diretamente ao animal.

  • Garante precisão no aporte de vitaminas, minerais e aditivos.

Impacto na regularização

Por ser muito concentrado, o premix exige maior rigor no controle da formulação, nos padrões de qualidade e nas orientações técnicas presentes na rotulagem.

Núcleo

O núcleo reúne macro e micronutrientes em proporções mais amplas, tornando-se uma base completa para a formulação de alimentos.

Características

  • Maior participação na dieta final.

  • Pode incluir ingredientes energéticos, proteicos e aditivos.

  • Facilita a produção de rações padronizadas.

Impacto na regularização

Sua composição mais ampla exige atenção ao alinhamento técnico entre formulação, especificação e rotulagem.

Por que classificar corretamente o produto?

A correta definição da categoria influencia diretamente:

1. Estrutura do estabelecimento

Produtos mais concentrados, como premixes e núcleos, exigem maior controle de processo, precisão na dosagem e atenção à contaminação cruzada.

2. Requisitos de regularização

Dependendo da classificação, podem existir diferenças quanto à necessidade de registrar o produto ou ao tipo de documentação exigida.
Em todos os casos, a regularização do estabelecimento é indispensável.

3. Rotulagem adequada

Cada categoria exige informações específicas, como níveis de garantia, modo de uso e espécies indicadas.
Classificações incorretas geram rótulos inconsistentes e atrasam aprovações.

4. Controle de qualidade

A frequência e o tipo de análises laboratoriais podem variar conforme o produto, especialmente quando se trata de misturas concentradas.

5. Acompanhamento técnico

Produtos com maior complexidade nutricional exigem acompanhamento constante para garantir estabilidade, padronização e segurança.

Erros de classificação: impacto direto no processo regulatório

Erros comuns como classificar um suplemento como alimento completo ou confundir núcleo com premix resultam em:

  • Indeferimento de rótulos

  • Exigências adicionais

  • Retrabalho no processo

  • Necessidade de ajustes na formulação

  • Atrasos na entrada do produto no mercado

Uma classificação correta desde o início evita esses problemas e garante agilidade.

Como a Lignum apoia a regularização de produtos de alimentação animal

Com mais de 15 anos de experiência, a Lignum Consultoria e Engenharia acompanha empresas de todos os portes no processo completo de regularização, oferecendo soluções técnicas e regulatórias integradas.

Nós entregamos as melhores soluções:

  • Definição da classificação correta do produto

  • Revisão e padronização de formulações

  • Elaboração de rotulagem técnica

  • Adequação de processos produtivos

  • desenvolvimento de layout e projetos industriais

  • Implantação de Boas Práticas de Fabricação

  • Suporte técnico durante todo o processo de regularização

Nosso objetivo é garantir que sua empresa atenda às exigências regulatórias de forma segura, eficiente e com total clareza.

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Quer registrar seu produto ou sua fábrica? Veja o passo a passo.

Regularizar um produto ou uma fábrica pode parecer um processo complexo, e realmente é. Entre dossiês, plantas, memoriais descritivos, legislações específicas e prazos diferentes para cada órgão, muitos empreendedores acabam travando justamente na etapa mais importante: a regularização oficial que permite produzir e vender legalmente.

Para facilitar, preparamos um passo a passo direto sobre como funciona o processo de registro no MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária) e na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), além de mostrar como a Lignum Consultoria pode assumir todas as etapas técnicas e burocráticas por você.

1. Entendimento da categoria e da legislação aplicável

O primeiro passo é identificar corretamente:

  • A categoria do produto

  • O tipo de estabelecimento

  • O órgão responsável pelo registro (MAPA ou ANVISA)

  • As normas específicas que se aplicam a cada caso

A Lignum faz essa classificação inicial e evita enquadramentos errados, que são uma das principais causas de indeferimentos (rejeições) de processos.

2. Coleta e organização dos documentos obrigatórios

Cada órgão regulador exige documentações específicas, como:

  • Dados da empresa

  • Contrato social

  • ART (Anotação de Responsabilidade Técnica)

  • Identificação do RT (Responsável Técnico)

  • Especificações e formulações do produto

  • Laudos laboratoriais

  • Fluxogramas de processo

  • POPs (Procedimentos Operacionais Padronizados)

  • Evidências de BPF (Boas Práticas de Fabricação)

A Lignum monta, organiza e valida todos os documentos necessários, garantindo que o envio seja completo e correto.

3. Elaboração de plantas e memoriais descritivos

Para registrar fábricas, agroindústrias e unidades de processamento, é obrigatório apresentar:

  • Plantas arquitetônicas

  • Fluxos operacionais

  • Memorial descritivo

  • Layout sanitário

  • Adequações de fluxo e estrutura

A equipe de engenharia e tecnologia de alimentos da Lignum desenvolve todas essas entregas técnicas, garantindo conformidade sanitária e viabilidade prática.

4. Dossiê técnico do produto

O registro de alimentos, bebidas e produtos correlatos exige a apresentação de:

  • Composição

  • Padrões de identidade e qualidade

  • Estudos de validade e estabilidade

  • Rotulagem dentro da legislação

  • Procedimentos de fabricação

  • Análises laboratoriais obrigatórias

A Lignum elabora todo o dossiê técnico, garantindo que o produto se enquadre corretamente na legislação e evitando exigências futuras.

5. Submissão, acompanhamento e respostas aos órgãos

Após a preparação de toda a documentação, é necessário:

  • Protocolar o processo nos sistemas oficiais

  • Acompanhar prazos

  • Responder exigências, se houver

  • Ajustar documentos quando solicitado

  • Manter comunicação direta com MAPA ou ANVISA

A Lignum cuida de tudo: protocola, acompanha e trata cada etapa, reduzindo riscos de atrasos e garantindo o deferimento (aprovação) do processo.

Por que escolher a Lignum?

Com mais de 15 anos de experiência em consultoria regulatória, engenharia e implantação de processos, a Lignum oferece:

Equipe multidisciplinar com especialistas em MAPA e ANVISA
Consultoria completa: da análise inicial à aprovação final
Projetos técnicos e memoriais totalmente adequados às normas
Redução significativa de riscos, retrabalhos e indeferimentos
Acompanhamento contínuo e comunicação transparente
Suporte complementar: rotulagem, PAC (Programa de Autocontrole), BPF, APPCC e implantação de processos.

Você não precisa enfrentar sozinho um processo regulatório complexo. A Lignum faz isso por você, com segurança e precisão.

Quer registrar seu produto ou sua fábrica com segurança?

Solicite um orçamento e receba um checklist completo com tudo o que será necessário no seu processo de registro.
A Lignum acompanha desde o planejamento até o deferimento final.

Pronto para começar sua regularização?
Entre em contato!

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Sua Empresa Está Pronta para Importar?

Você sabia que para importar qualquer alimento, ingrediente ou fertilizante, sua empresa precisa estar 100% regularizada perante os órgãos competentes?

Empresas que tentam importar sem registro enfrentam bloqueios alfandegários, multa, perda da carga e até proibição de operação futura.
E a verdade é que muitos negócios perdem tempo e dinheiro por não saberem exatamente quais documentos são exigidos ou como prepará-los corretamente.

Quais são os principais desafios?

Muitas empresas encontram dificuldades como:

  • A linguagem técnica e burocrática dos órgãos reguladores;

  • Falta de modelos atualizados de documentos;

  • Pouca informação clara sobre o processo completo;

  • Dificuldade de contratar uma consultoria completa de imediato.

É aí que entram os materiais digitais técnicos que estamos desenvolvendo na Lignum Consultoria.

Soluções práticas para quem precisa importar com segurança

Com mais de 15 anos de atuação nos setores de alimentos, fertilizantes e produtos de uso veterinário, conhecemos os bastidores da regularização e sabemos onde a maioria das empresas travam.

Pensando nisso, estamos criando uma linha de guias técnicos digitais (em PDF) com tudo o que sua empresa precisa para se preparar corretamente para importar, como:

  • Modelos de memorial descritivo;

  • Guias para regularização de estabelecimentos perante o MAPA;

  • Roteiros com checklists e explicações passo a passo;

  • Glossários para entender os termos técnicos mais usados;

  • Orientações sobre como montar seus PACs, BPFs e outros programas obrigatórios.

Como esses materiais vão te ajudar?

  • Evitar retrabalho e perda de prazos;

  • Reduzir custos com consultorias tradicionais;

  • Ganhar agilidade e autonomia no processo;

  • Ter mais confiança e preparo nas fiscalizações;

  • Entregar os documentos certos, do jeito certo.

São soluções acessíveis para quem está começando ou deseja economizar, mas sem abrir mão da qualidade técnica.

Em breve: conteúdo específico para importadores

Estamos preparando materiais específicos para empresas que desejam importar:

  • Fertilizantes, inoculantes e corretivos do solo;

  • Ingredientes, aditivos e alimentos processados;

  • Produtos com controle sanitário do MAPA.

Acompanhe os lançamentos

Enquanto isso, baixe nosso eBook gratuito com uma visão geral sobre regularização de agroindústrias. Ele vai te mostrar os primeiros passos para legalizar sua produção, inclusive se sua empresa quiser importar.

E acompanhe nossos canais para ser avisado quando os guias e mentorias estiverem disponíveis:

Instagram: @lignumconsultoria
Site: www.lignumengenharia.com.br
Página de vendas na Hotmart: acesse aqui

 

Leia Também: A importância dos fertilizantes na agricultura brasileira e os desafios da importação e exportação.

 

 Lignum Consultoria e Engenharia trabalha auxiliando no Processo de Regularização de Fertilizantes.

Entre em contato conosco!

 

 

Fonte:

 

·         Ministério da Agricultura e Pecuária

 

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Checklist de Auditoria Interna para Indústrias de Alimentos

Realizar auditorias internas é uma das etapas mais importantes para garantir a conformidade sanitária, eficiência operacional e segurança dos alimentos. Ainda mais em 2025, quando as exigências regulatórias estão mais robustas e o mercado consumidor exige transparência, rastreabilidade e padronização dos processos.

Para auxiliar gestores e responsáveis técnicos, reunimos abaixo um checklist atualizado, aplicável a indústrias de diferentes portes, desde pequenas agroindústrias até fábricas complexas com múltiplas linhas de produção.

Este checklist foi estruturado com base em requerimentos de Boas Práticas de Fabricação (BPF), Programas de Autocontrole (MAPA), APPCC, normas ISO 22000, legislações sanitárias brasileiras e boas práticas adotadas por indústrias de alimentos em 2025.

1. Infraestrutura e Instalações

1.1 Estrutura física

  • Pisos íntegros, laváveis, antiderrapantes e sem rachaduras.

  • Paredes com revestimento adequado, sem pontos de descascamento.

  • Teto sem goteiras, mofo, infiltrações ou acúmulo de poeira.

  • Esquadrias e portas em bom estado e de fácil higienização.

  • Ralos sifonados, com tela e proteção contra retorno.

  • Fluxo produtivo sem cruzamento entre áreas “suja e limpa”.

1.2 Iluminação e ventilação

  • Ventilação adequada, sem formação de condensação.

  • Luminárias protegidas contra estilhaçamento.

  • Sistemas de exaustão em funcionamento.

1.3 Abastecimento de água

  • Potabilidade comprovada, com laudos atualizados.

  • Reservatórios limpos e com manutenção periódica.

  • Rede sem vazamentos.

2. Equipamentos e Utensílios

  • Equipamentos em aço inox ou materiais permitidos.

  • Manutenção preventiva atualizada e registrada.

  • Ausência de ferrugem, trincas, soldas abertas ou superfícies porosas.

  • Utensílios identificados e em bom estado.

  • Calibração dos instrumentos essenciais (termômetros, balanças, pHmetros).

  • Barreiras sanitárias funcionando e sendo utilizadas.

3. Higienização

3.1 Plano de Higienização (POP ou PAC)

  • POPs atualizados e afixados nos setores.

  • Produtos saneantes autorizados pelo MAPA/ANVISA.

  • Concentrações, tempos de ação e enxágue seguindo especificação.

  • Registros completos de higienização.

  • Validação e verificação da limpeza (swab, ATP, inspeção visual).

3.2 Controle de pragas

  • Contrato ativo com empresa especializada.

  • Mapas de iscas atualizados.

  • Relatórios recentes sem inconformidades.

  • Portas e janelas com telas e vedação.

4. Manipuladores e Saúde Ocupacional

  • Exames de saúde atualizados conforme exigência sanitária.

  • Treinamentos anuais em BPF, higiene e segurança dos alimentos.

  • Uniformes adequados, limpos e completos (touca, avental, botas).

  • Lavagem correta das mãos e uso de EPIs.

  • Proibição de adornos respeitada.

  • Acesso restrito de visitantes com procedimentos específicos.

5. Matérias-Primas, Ingredientes e Insumos

  • Fornecedores aprovados e cadastrados.

  • Certificados de análise (CA) disponíveis e válidos.

  • Armazenamento conforme requisitos de temperatura e umidade.

  • FIFO/PEPS aplicado corretamente.

  • Controle de validade e integridade das embalagens.

6. Processo Produtivo

  • Procedimentos escritos para cada etapa.

  • Parâmetros críticos definidos e controlados (temperatura, pH, tempo).

  • Monitoramento diário documentado e assinado.

  • Prevenção de contaminação cruzada entre lotes, alergênicos e produtos diferentes.

  • Controle de corpos estranhos (peneiras, detectores de metais, filtros).

  • Verificação do APPCC, quando aplicável.

7. Armazenamento e Expedição

  • Câmaras frias com controle contínuo de temperatura.

  • Produtos corretamente empilhados e identificados.

  • Caixas e pallets íntegros, limpos e sem contato direto com o piso.

  • Carregamento seguindo fluxo “primeiro que entra, primeiro que sai”.

  • Veículos de transporte limpos e adequados ao tipo de alimento.

8. Rastreabilidade e Documentação

  • Rastreabilidade completa “da matéria-prima ao consumidor final”.

  • Testes de rastreabilidade realizados periodicamente em até 4 horas.

  • Documentação de não conformidades e ações corretivas.

  • Registros completos, legíveis e devidamente arquivados.

  • Documentos do PAC atualizados (BPF, POPs, PPHO, APPCC).

9. Resíduos e Efluentes

  • Pontos de coleta adequados.

  • Armazenamento segregado e longe das áreas produtivas.

  • Destinação realizada por empresa licenciada.

  • Efluentes atendendo legislação municipal/estadual.

10. Gestão da Qualidade e Melhoria Contínua

  • Auditorias internas realizadas conforme cronograma.

  • Plano de ação para não conformidades.

  • Indicadores de desempenho (desperdício, eficiência, devoluções).

  • Revisões periódicas da direção (requisitos ISO).

  • Cultura de qualidade disseminada entre os setores.

Como usar este checklist na sua indústria

  • Utilize-o como base para auditorias internas mensais, trimestrais ou pré-inspeção do MAPA/ANVISA.

  • Adapte às exigências conforme o tipo de produto (laticínios, conservas, bebidas, cárneos, panificados etc.).

  • Construa um relatório final com notas, fotos e plano de correções.

Dica profissional da Lignum

Se sua indústria deseja:

  • diagnosticar riscos sanitários,

  • se preparar para inspeção do MAPA,

  • atualizar o PAC,

  • ou implementar um sistema de gestão da qualidade completo,

Este checklist é o primeiro passo,  mas a auditoria técnica profissional traz uma visão mais profunda, imparcial e alinhada à legislação atual.

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Como Elaborar um Memorial Descritivo para Queijarias e Garantir a Aprovação do Seu Projeto

O Memorial Econômico Sanitário, conhecido como Memorial Descritivo, é um dos documentos mais importantes para quem deseja montar ou regularizar uma queijaria. Ele é exigido pelos órgãos de inspeção e serve como base para demonstrar que o empreendimento atende às normas sanitárias, estruturais e de segurança alimentar.

Apesar de essencial, muitos produtores encontram dificuldades para elaborar esse documento, seja pela falta de conhecimento técnico, seja pela complexidade das normas. E é justamente por isso que cresce a busca por conteúdos confiáveis, completos e práticos sobre o tema.

Neste artigo, você vai entender o que é o Memorial Descritivo, para que serve, quais informações ele deve conter e como elaborar um documento que realmente garanta a aprovação do seu projeto.

O que é o Memorial Descritivo para Queijarias?

O Memorial Descritivo é um documento técnico exigido pelos serviços de inspeção (SIM, SIE e SIF) para aprovar o funcionamento de estabelecimentos de alimentos, incluindo queijarias artesanais e industriais.

Ele descreve, de forma detalhada:

  • A estrutura física da queijaria

  • O fluxo de produção

  • Os equipamentos utilizados

  • Os materiais de acabamento

  • O manejo da matéria-prima

  • Os procedimentos operacionais

  • O atendimento às normas sanitárias vigentes

Na prática, é o documento que demonstra às autoridades que o estabelecimento é seguro, viável e está preparado para operar dentro da legislação.

Por que o Memorial Descritivo é obrigatório para queijarias?

Toda queijaria, independente do tamanho, precisa demonstrar que sua estrutura, equipamentos e processo produtivo seguem padrões de higiene e segurança alimentar. O Memorial Descritivo cumpre exatamente essa função.

Com ele, o produtor garante:

  • Conformidade com as normas de inspeção

Órgãos responsáveis pela vigilância sanitária e segurança dos alimentos utilizam o documento para verificar se o projeto atende aos padrões mínimos para licenciamento.

  • Organização e clareza no projeto da queijaria

O memorial ajuda a evitar erros estruturais, desperdícios e retrabalhos durante a implantação.

  • Aprovação mais rápida junto às autoridades

Projetos bem elaborados têm menor chance de exigências complementares ou indeferimentos.

  • Segurança alimentar e credibilidade do produto final

Consumidores e distribuidores valorizam queijos provenientes de queijarias formalizadas.

O que deve conter um Memorial Descritivo para Queijarias?

Embora o conteúdo possa variar conforme o tipo de queijo produzido, um memorial completo deve contemplar:

1. Identificação do empreendimento

Nome, localização, responsável técnico, capacidade produtiva e tipo de inspeção desejada.

2. Descrição das áreas e layout

Inclui planta baixa, dimensões, materiais de parede, piso, teto e fluxo operacional.

3. Equipamentos utilizados

Tanques, formas, bancadas, mesas, prensas, sistemas de refrigeração e armazenamento.

4. Fluxo de produção detalhado

Desde a chegada do leite até o armazenamento final:

  • recebimento

  • filtração

  • pasteurização

  • coagulação

  • dessoragem

  • salga

  • maturação

  • embalagem e expedição

5. Higienização e controle sanitário

Procedimentos de limpeza, potabilidade da água, manejo de resíduos e controle de pragas.

6. Justificativas técnicas

Demonstração de que as escolhas estruturais atendem às normas e garantem a segurança dos alimentos.

7. Conformidade legal

Referências às legislações aplicáveis, como IN 30/2013, legislação estadual/municipal e requisitos sanitários específicos.

Por que tantos produtores têm dificuldade em elaborar o documento?

A maior parte dos pequenos produtores não possui formação técnica, e o Memorial Descritivo exige conhecimento em:

  • engenharia de alimentos

  • boas práticas de fabricação

  • segurança sanitária

  • legislação de produtos de origem animal

  • projeto de instalações

  • fluxos operacionais seguros

Além disso, modelos gratuitos na internet geralmente são incompletos e não seguem os padrões exigidos pelos órgãos de inspeção.

Para resolver esse problema, a Lignum desenvolveu um Guia Completo totalmente focado em queijarias, claro, didático e pronto para ser aplicado na prática.

Guia Completo: Memorial Descritivo para Queijarias (Material Digital)

Para facilitar a vida do produtor, consultor e empreendedor, a Lignum disponibilizou um material 100% digital que ensina, passo a passo, como elaborar um Memorial Econômico Sanitário completo, claro e dentro das normas.

O que você vai aprender no guia:

  • Como estruturar corretamente cada parte do seu memorial

  • Como montar o fluxo de produção da sua queijaria

  • Como escolher materiais adequados para as áreas de produção

  • Como apresentar as informações de forma técnica e aprovada pelas autoridades

  • Quais legislações seguir para evitar exigências e indeferimentos

  • Erros mais comuns que reprovam projetos (e como evitá-los)

Tudo isso com orientações práticas e linguagem acessível, mesmo para quem não tem experiência técnica.

Para quem esse material é ideal?

  • Produtores de queijo artesanal que desejam regularizar a produção
  • Empreendedores que querem montar uma queijaria do zero
  • Consultores da área de alimentos e agroindústria
  • Alunos e profissionais de engenharia de alimentos, veterinária e áreas afins
  • Pequenos laticínios buscando adequação sanitária

A aprovação do seu projeto começa por um Memorial bem feito

Um Memorial Descritivo claro, completo e tecnicamente fundamentado aumenta muito as chances de aprovação do projeto junto aos órgãos de inspeção.
O guia da Lignum foi desenvolvido exatamente para isso: facilitar a regularização, reduzir erros e acelerar o início das operações.

Para saber mais e adquirir o guia, acesse a página oficial.

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Como escolher equipamentos e fluxo para indústrias de alimentos de pequeno porte com custo reduzido

Montar uma indústria de alimentos de pequeno porte é o sonho de muitos empreendedores, mas transformar esse projeto em uma operação eficiente e dentro das normas sanitárias pode ser um grande desafio, especialmente quando o investimento precisa ser controlado.

A boa notícia é que é possível planejar um layout funcional, escolher equipamentos adequados e atender às exigências legais mesmo com recursos limitados. Tudo depende de um bom planejamento técnico e de decisões estratégicas na etapa de implantação.

Neste artigo, você vai entender como definir o fluxo produtivo e selecionar equipamentos que garantam qualidade, produtividade e economia.

1. O ponto de partida: conhecer seu processo e produto

Antes de pensar em comprar máquinas, é fundamental mapear cada etapa do processo produtivo. Isso envolve responder a perguntas como:

  • Qual o tipo de alimento que será produzido?

  • Quais são as etapas críticas do processo (aquecimento, resfriamento, embalagem, etc.)?

  • Há necessidade de ambientes separados por risco de contaminação?

  • O produto exige refrigeração ou condições específicas de armazenamento?

Esse diagnóstico permite definir o tipo de fluxo e a infraestrutura necessária (instalações, energia, água, ventilação, drenagem), evitando investimentos desnecessários.

Empresas que pulam essa etapa costumam gastar mais, seja com readequações de layout ou com equipamentos subdimensionados.

2. O fluxo de produção ideal: eficiência e segurança

O fluxo de produção é a base do layout industrial. Ele deve garantir que os produtos e colaboradores se movimentem de forma lógica, contínua e sem cruzamento entre áreas sujas e limpas, respeitando os princípios de Boas Práticas de Fabricação (BPF).

Os principais tipos de fluxo são:

  • Linear: o mais simples e indicado para pequenas indústrias; o produto entra em um lado e sai pronto do outro, reduzindo retrabalhos e contaminações.

  • Em “U”: aproveita melhor o espaço e permite acompanhamento visual de todo o processo.

  • Setorizado: útil quando há mais de uma linha de produto, com setores independentes.

Ao planejar o fluxo, considere também:

  • A localização de pias, lavatórios e pontos de higienização.

  • A separação de áreas de recebimento, processamento, embalagem e expedição.

  • O sentido do fluxo de ar e movimentação de resíduos.

Um bom fluxo é aquele que minimiza deslocamentos, facilita a limpeza e assegura o controle sanitário.

3. Escolha de equipamentos: custo reduzido não é sinônimo de baixa qualidade

Para empreendimentos de pequeno porte, a escolha inteligente de equipamentos pode representar uma grande economia. Algumas estratégias incluem:

a) Comece com o essencial

Invista primeiro nas máquinas indispensáveis para o processo principal (ex.: misturadores, seladoras, câmaras frias). Equipamentos secundários podem ser adicionados com o crescimento da produção.

b) Avalie o custo-benefício

Nem sempre o equipamento mais caro é o mais eficiente. Avalie consumo de energia, facilidade de manutenção e disponibilidade de peças no mercado nacional.

c) Opte por equipamentos multifuncionais

Máquinas que atendem mais de uma etapa, como tanques de preparo que também realizam mistura e aquecimento, reduzem custos e espaço ocupado.

d) Considere equipamentos usados, mas regularizados

Equipamentos seminovos podem ser uma boa alternativa, desde que estejam em boas condições de higiene, segurança e com documentação técnica em dia.

e) Priorize materiais adequados

Mesmo em pequenos negócios, superfícies em aço inoxidável e materiais atóxicos são indispensáveis para garantir a conformidade sanitária.

4. Planejamento do layout: aproveitamento de espaço e redução de custos

Um layout eficiente não depende apenas de espaço, mas de organização inteligente.
Algumas boas práticas para quem quer economizar:

  • Aproveite edificações existentes, adaptando-as conforme as normas sanitárias.

  • Padronize bancadas e estruturas, facilitando a manutenção e limpeza.

  • Centralize utilidades (como caldeira, compressores, tanques de água) para reduzir perdas energéticas.

  • Invista em iluminação e ventilação natural, diminuindo gastos com energia elétrica.

O ideal é que o layout seja elaborado por um profissional especializado, capaz de conciliar exigências da vigilância sanitária e do MAPA com a realidade financeira do empreendedor.

5. Regularização e conformidade sanitária

Mesmo pequenas indústrias precisam estar em conformidade com as legislações sanitárias e regulatórias.
Entre as principais exigências estão:

  • Projeto e memorial descritivo do estabelecimento;

  • Boas Práticas de Fabricação (BPF);

  • Controle de qualidade e rastreabilidade;

  • Licenciamento e registro do produto, quando aplicável.

Esses requisitos não apenas garantem a autorização para funcionamento, mas também aumentam a credibilidade do produto e abrem portas para novos mercados.

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Transformações no setor de fertilizantes: impacto da regulação e oportunidades para novos entrantes

O setor de fertilizantes no Brasil tem passado por mudanças significativas nos últimos anos, impulsionadas por novos marcos regulatórios, avanços tecnológicos e pela crescente demanda por sustentabilidade na agricultura. Essas transformações vêm criando tanto desafios quanto oportunidades para empresas que desejam ingressar nesse mercado, especialmente para quem busca investir em produtos inovadores e com apelo ambiental.

1. O cenário atual da produção e consumo de fertilizantes no Brasil

O Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, mas ainda depende fortemente das importações para atender à sua demanda. Estima-se que mais de 80% dos fertilizantes utilizados no país sejam importados, o que torna o setor estratégico para a segurança alimentar e para a estabilidade da cadeia produtiva agrícola.

Nos últimos anos, o governo federal tem implementado iniciativas como o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), que visa reduzir a dependência externa e fomentar a produção nacional. Isso inclui incentivos à implantação de novas indústrias, à inovação tecnológica e à simplificação de processos regulatórios.

2. Principais mudanças na regulação de fertilizantes

A regulação dos fertilizantes no Brasil é conduzida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), com base em legislações como o Decreto nº 10.991/2022, que atualizou as normas sobre o registro e fiscalização desses produtos.

Entre as principais transformações regulatórias, destacam-se:

  • Digitalização dos processos de registro e fiscalização: o Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (SIPEAGRO) trouxe mais agilidade na submissão e acompanhamento de registros.

  • Revisão das categorias de produtos: houve atualização nas definições de fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes, trazendo maior clareza sobre enquadramento e exigências técnicas.

  • Exigência de rastreabilidade e controle de qualidade: o MAPA reforçou a necessidade de comprovar a origem, composição e eficácia dos produtos, exigindo laudos e metodologias reconhecidas.

  • Incentivo à inovação e sustentabilidade: produtos que utilizam resíduos orgânicos, microrganismos benéficos ou tecnologias de liberação controlada vêm recebendo atenção especial dentro das políticas de fomento e aprovação.

Essas mudanças, embora tornem o processo mais técnico e criterioso, também abrem espaço para empresas que desejam ingressar no setor com soluções diferenciadas, desde que cumpram os requisitos regulatórios.

3. Oportunidades para novos entrantes no mercado

Com a modernização da regulação e o incentivo à produção nacional, surgem grandes oportunidades para novos empreendedores e indústrias:

a) Biofertilizantes e insumos biológicos

O uso de microrganismos e matérias-primas naturais está em expansão. Produtos biológicos apresentam alta eficiência agronômica, menor impacto ambiental e excelente aceitação no mercado. O setor ainda é relativamente novo, oferecendo espaço para inovação.

b) Fertilizantes organominerais

A combinação de fontes orgânicas e minerais tem sido vista como uma alternativa sustentável e de alta performance. O segmento cresce impulsionado por políticas de economia circular e pelo aproveitamento de resíduos agroindustriais.

c) Fabricação regional e logística otimizada

Empresas menores e regionais podem se destacar com operações próximas às áreas de consumo agrícola, reduzindo custos logísticos e oferecendo atendimento técnico mais personalizado.

d) Consultoria e regularização técnica

Com o aumento das exigências legais, cresce também a necessidade de apoio especializado para o registro e adequação de produtos e estabelecimentos junto ao MAPA, uma área em que a Lignum Consultoria atua há mais de 15 anos, oferecendo soluções completas para novos empreendimentos.

4. Desafios e cuidados ao ingressar no setor

Apesar das oportunidades, é fundamental que novos empreendedores conheçam as exigências legais e técnicas do setor, como:

  • Registro do estabelecimento e do produto junto ao MAPA;

  • Atendimento aos padrões de rotulagem e embalagem exigidos pela legislação;

  • Comprovação de eficácia agronômica e ausência de contaminantes;

  • Estrutura adequada de layout industrial, armazenamento e controle de qualidade;

  • Implementação de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e sistemas de rastreabilidade.

Contar com suporte técnico e regulatório especializado é essencial para evitar indeferimentos e garantir uma entrada sólida e segura no mercado.

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Como elaborar um plano de negócios para produtos alimentícios

Planejar é o primeiro passo para transformar uma ideia em um negócio de sucesso

O setor de alimentos é um dos mais promissores do Brasil e também um dos mais competitivos. Antes de investir em equipamentos, estrutura e regularização, é fundamental construir um plano de negócios sólido.
Ele será a base para avaliar a viabilidade do empreendimento, organizar os investimentos e orientar as decisões estratégicas durante toda a operação.

Neste artigo, você vai entender como elaborar um plano de negócios para produtos alimentícios, quais informações incluir e como utilizá-lo para garantir o crescimento sustentável da sua empresa.

1. O que é um plano de negócios?

O plano de negócios é um documento que descreve detalhadamente o que é o seu produto, quem é o seu público-alvo, como será a produção, quanto custará e como o negócio se sustentará financeiramente.
Ele é utilizado tanto para guiar o empreendedor quanto para apresentar o projeto a investidores, bancos ou parceiros comerciais.

No caso do setor de alimentos, esse planejamento precisa considerar aspectos regulatórios, produtivos e sanitários, além dos fatores econômicos e de marketing.

2. Principais etapas do plano de negócios

a) Análise de mercado

Antes de começar a produzir, é essencial entender o mercado em que você está entrando.
Pesquise:

  • Quem são os concorrentes diretos e indiretos;

  • Qual o perfil do consumidor (faixa etária, renda, preferências, hábitos alimentares);

  • Quais são as tendências e oportunidades (produtos naturais, veganos, artesanais, etc.);

  • Como está o comportamento dos preços e canais de venda.

Essa análise permite identificar nichos promissores e ajustar o posicionamento do produto.

b) Planejamento operacional

Nesta etapa, é hora de definir como o produto será produzido e em que estrutura.
Inclua:

  • Localização e tamanho da fábrica ou cozinha industrial;

  • Layout sanitário (fluxo de produção e separação de áreas sujas e limpas);

  • Equipamentos necessários;

  • Capacidade produtiva (quantas unidades serão produzidas por dia/mês);

  • Fornecedores e logística de insumos.

Aqui também entra o planejamento de adequação sanitária, que deve seguir as Boas Práticas de Fabricação (BPF) e demais normas da Anvisa ou do MAPA, dependendo do tipo de produto.

c) Planejamento financeiro

Um dos pontos mais importantes do plano de negócios é o planejamento financeiro.
Ele deve incluir:

  • Investimento inicial (equipamentos, reformas, licenças, matéria-prima);

  • Custos fixos e variáveis;

  • Projeção de faturamento e ponto de equilíbrio;

  • Margem de lucro esperada.

Esses dados ajudam a avaliar a viabilidade econômica do negócio e a definir estratégias de precificação e crescimento.

d) Estratégia de marketing e vendas

Após conhecer o mercado e estruturar a operação, é hora de definir como o produto chegará ao consumidor.
Alguns pontos importantes:

  • Nome, identidade visual e rotulagem do produto (em conformidade com a legislação);

  • Canais de venda (varejo, atacado, delivery, e-commerce, feiras);

  • Estratégias de divulgação (redes sociais, degustações, parcerias locais);

  • Posicionamento da marca (ex: artesanal, saudável, regional, gourmet).

O marketing bem planejado é o que diferencia produtos de qualidade que ficam esquecidos no mercado daqueles que conquistam o público.

3. Regularização e adequação legal: parte essencial do plano

Um erro comum é deixar a regularização para depois.
Mas a adequação sanitária e o registro do produto devem ser considerados desde o início do plano de negócios.
Cada tipo de alimento possui exigências específicas junto à Anvisa ou ao MAPA, que variam conforme o processo produtivo, ingredientes e escala.

Planejar corretamente essa etapa evita retrabalhos, multas e atrasos no lançamento do produto.

4. Por que contar com apoio especializado?

Elaborar um plano de negócios na área de alimentos envolve aspectos técnicos, regulatórios e produtivos que exigem conhecimento específico.
Contar com uma consultoria especializada, como a Lignum Consultoria e Engenharia, garante que todas as etapas, desde o projeto físico até o registro do produto, estejam alinhadas às normas e boas práticas exigidas pelo mercado e pelos órgãos reguladores.

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Regularização de fertilizantes minerais, orgânicos e organominerais: entenda as diferenças

O mercado de fertilizantes no Brasil é um dos mais importantes do mundo e vem crescendo com a diversificação de produtos e fontes de nutrientes. Mas, para que qualquer fertilizante possa ser fabricado, importado ou comercializado legalmente, ele precisa estar devidamente regularizado junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

Embora o processo de registro siga princípios semelhantes, os requisitos variam conforme o tipo de fertilizante, mineral, orgânico ou organomineral.
Neste artigo, explicamos as diferenças entre essas categorias e o que muda na regularização de cada uma.

1. O que é a regularização de fertilizantes

A regularização é o processo de registro do produto e do estabelecimento fabricante, importador ou fracionador junto ao MAPA.
O objetivo é garantir que o fertilizante atenda aos padrões de qualidade, segurança e composição química estabelecidos pela legislação, assegurando ao produtor rural um insumo eficaz e seguro para uso agrícola.

As regras estão descritas principalmente no Decreto nº 4.954/2004 e na Instrução Normativa nº 61/2020, que definem os tipos de fertilizantes, as exigências para registro e os limites de tolerância nas análises laboratoriais.

2. Fertilizantes minerais

O que são

Os fertilizantes minerais (ou inorgânicos) são obtidos por meio de processos industriais ou extração mineral. São compostos por sais e minerais que fornecem nutrientes essenciais como nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), conhecidos como macronutrientes primários.

Regularização junto ao MAPA

Para registrar um fertilizante mineral, o requerente deve apresentar:

  • Formulário de registro de produto via sistema SIPEAGRO;

  • Composição garantida (teores de nutrientes declarados);

  • Método de fabricação e matérias-primas utilizadas;

  • Laudo de análise laboratorial, emitido por laboratório reconhecido pelo MAPA;

  • Rótulo e instruções de uso conforme exigências legais;

  • Responsável técnico habilitado (geralmente engenheiro agrônomo ou químico).

Após a análise técnica, o produto é inscrito no Registro de Produto (RP) e o estabelecimento precisa possuir o Registro de Estabelecimento (RE) ativo.

Pontos de atenção

  • Fertilizantes minerais requerem comprovação da pureza e solubilidade dos nutrientes.

  • O MAPA exige tolerâncias rigorosas para os teores declarados, com base em análises oficiais.

3. Fertilizantes orgânicos

O que são

São produtos que resultam da transformação de matérias-primas de origem animal ou vegetal, como esterco, restos de culturas, compostos e resíduos agroindustriais. Fornecem nutrientes e melhoram as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.

Regularização junto ao MAPA

Para registrar um fertilizante orgânico, o processo inclui:

  • Descrição detalhada das matérias-primas utilizadas;

  • Memorial descritivo do processo de compostagem ou tratamento biológico;

  • Laudo de análise de macro e micronutrientes, além de parâmetros sanitários (ausência de patógenos e metais pesados);

  • Rótulo e instruções de aplicação;

  • Comprovação da origem dos resíduos utilizados como insumo.

O produto deve estar conforme as especificações da IN nº 61/2020 e IN nº 25/2009, que tratam dos fertilizantes orgânicos simples, compostos e mistos.

Pontos de atenção

  • É obrigatória a garantia da estabilização da matéria orgânica, evitando odores e riscos sanitários.

  • Produtos à base de resíduos animais ou lodos devem comprovar ausência de patógenos.

4. Fertilizantes organominerais

O que são

Os organominerais combinam fontes minerais e orgânicas, unindo a liberação rápida dos nutrientes minerais à melhoria da estrutura e da microbiologia do solo proporcionada pela matéria orgânica.

São cada vez mais usados em sistemas agrícolas sustentáveis, com excelente custo-benefício e potencial de valorização ambiental.

Regularização junto ao MAPA

O processo de registro de fertilizantes organominerais requer:

  • Comprovação da origem e qualidade dos componentes orgânicos e minerais;

  • Laudo analítico completo, com teores de nutrientes totais e disponíveis;

  • Memorial descritivo do processo de mistura e granulação;

  • Controle de umidade, pH e estabilidade do produto final;

  • Responsável técnico habilitado e estrutura fabril regularizada.

A classificação (organomineral simples, misto ou composto) influencia nas exigências técnicas e no enquadramento legal.

Pontos de atenção

  • Exige controle rigoroso de uniformidade e homogeneidade da mistura;

  • É necessário garantir que os teores minerais não sejam diluídos além dos limites permitidos.

5. Principais diferenças entre os tipos de fertilizantes

Tipo

Origem

Principais nutrientes

Regulamentação principal

Exigências laboratoriais

Mineral

Inorgânica (rochas, sais)

N, P, K e micronutrientes

IN nº 61/2020

Teores e solubilidade

Orgânico

Animal e vegetal

N, P, K orgânicos e matéria orgânica

IN nº 25/2009

Nutrientes e ausência de patógenos

Organomineral

Mista (orgânica + mineral)

Nutrientes minerais e matéria orgânica

IN nº 61/2020

Composição total e estabilidade


6. A importância da consultoria técnica no processo de registro

A regularização de fertilizantes exige documentos técnicos detalhados, análises laboratoriais confiáveis e conformidade com normas específicas.
Erros em qualquer etapa podem resultar em indeferimento do registro ou penalidades administrativas.

A Lignum Consultoria e Engenharia atua há mais de 15 anos no setor, auxiliando empresas na regularização de fertilizantes minerais, orgânicos e organominerais junto ao MAPA. Oferecemos suporte completo desde a elaboração do memorial descritivo e layout fabril, até o protocolo e acompanhamento do processo no SIPEAGRO.

Nosso objetivo é garantir que o seu produto atenda plenamente às exigências legais e possa ser comercializado com segurança e credibilidade no mercado nacional.

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Implementando o sistema APPCC: por onde começar

O APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), conhecido internacionalmente como HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points) é um dos pilares da segurança de alimentos. Ele ajuda as indústrias a identificar, avaliar e controlar perigos que podem comprometer a qualidade e a inocuidade dos produtos.

Mais do que uma exigência legal, o APPCC é uma ferramenta de gestão que garante confiança ao consumidor e abre portas para novos mercados, inclusive exportações.

O que é o sistema APPCC?

O APPCC é um sistema preventivo que busca evitar a ocorrência de contaminações físicas, químicas ou biológicas durante o processo produtivo. Diferente de métodos corretivos (que agem após o problema), o APPCC atua de forma proativa, identificando riscos e estabelecendo controles antes que eles aconteçam.

Ele é reconhecido por órgãos como a ANVISA, o MAPA e organizações internacionais, sendo parte essencial de certificações como ISO 22000 e FSSC 22000.

Por que implementar o APPCC?

Implementar o APPCC traz benefícios diretos para a indústria de alimentos, bebidas e agroindústrias em geral:

  • Redução de perdas e retrabalhos por contaminação ou falhas de processo

  • Maior confiança do mercado e credibilidade junto a clientes e órgãos fiscalizadores

  • Facilidade em auditorias e certificações de qualidade e segurança de alimentos

  • Atendimento à legislação vigente, que exige programas de autocontrole e sistemas de segurança estruturados

Em resumo, o APPCC é uma base sólida para quem busca competitividade e conformidade regulatória.

Os 7 princípios do APPCC

O sistema APPCC é estruturado em sete princípios fundamentais, que orientam todas as etapas da sua implementação:

  • Análise de perigos
    Identificar possíveis perigos biológicos (bactérias, fungos, vírus), químicos (resíduos de produtos de limpeza, pesticidas) e físicos (fragmentos de vidro, metal, plástico) em cada etapa do processo.

  • Determinação dos Pontos Críticos de Controle (PCCs)
    Identificar os pontos onde é possível controlar o risco, por exemplo: temperatura de cozimento, tempo de pasteurização, ou peneiramento final.

  • Estabelecimento de limites críticos
    Definir valores que garantam a segurança do produto (ex.: temperatura mínima de 75 °C para garantir destruição de microrganismos patogênicos).

  • Monitoramento dos PCCs
    Criar um plano de acompanhamento e registros, garantindo que os limites críticos estão sendo respeitados.

  • Ações corretivas
    Definir o que fazer se um limite crítico for ultrapassado, por exemplo, reprocessar o lote, ajustar equipamentos, ou descartar produtos.

  • Procedimentos de verificação
    Avaliar se o sistema está funcionando conforme o planejado, por meio de auditorias internas, calibração de instrumentos, ou análises laboratoriais.

  • Registros e documentação
    Manter todos os registros das etapas anteriores, servindo como evidência da implementação e da eficácia do sistema.

Por onde começar a implementação do APPCC

A implantação de um sistema APPCC eficiente exige planejamento e envolvimento de toda a equipe. Veja o passo a passo:

1. Forme uma equipe multidisciplinar

Monte um grupo responsável pelo desenvolvimento e aplicação do sistema, incluindo profissionais da qualidade, produção, manutenção e gestão. Cada membro deve compreender seu papel no controle dos riscos.

2. Descreva o produto e sua utilização

Detalhe o produto, matérias-primas, processo, forma de consumo (cozido, pronto para o consumo, refrigerado etc.) e público-alvo. Isso ajuda a entender quais perigos são relevantes.

3. Elabore o fluxograma de processo

Desenhe todas as etapas, desde o recebimento da matéria-prima até o produto final. Esse fluxograma será essencial para a análise de perigos e definição dos PCCs.

4. Valide o fluxograma no local

Confirme se o fluxograma representa fielmente a prática da fábrica. Muitas falhas acontecem quando o diagrama não reflete a realidade da produção.

5. Aplique os 7 princípios do APPCC

A partir do fluxograma validado, siga os sete princípios descritos acima, documentando cada etapa e criando formulários de registro.

6. Treine os colaboradores

Todos os envolvidos devem entender o que é o APPCC, por que ele é importante e como devem atuar no controle dos PCCs. A conscientização é essencial para o sucesso do sistema.

7. Monitore, verifique e melhore

O APPCC é um sistema vivo e deve ser revisto sempre que houver alterações no processo, matérias-primas ou produtos. Auditorias internas e revisões periódicas garantem sua eficácia contínua.

Dicas práticas para uma implementação eficiente

  • Comece simples: implemente em uma linha de produção e expanda gradualmente.

  • Mantenha a documentação organizada: facilita auditorias e inspeções.

  • Invista em capacitação: conhecimento técnico é o maior aliado da prevenção.

  • Integre-se com outros programas de qualidade: BPF, POPs e PACs formam a base do APPCC.

Como a Lignum Consultoria pode ajudar

Com mais de 15 anos de experiência no setor de alimentos e agroindústria, a Lignum Consultoria e Engenharia auxilia empresas em todas as etapas da implantação do sistema APPCC, desde o diagnóstico inicial até o treinamento da equipe e adequação às exigências da ANVISA e do MAPA.

Nosso time de especialistas elabora soluções personalizadas para que sua empresa garanta segurança, eficiência e conformidade regulatória.

Entre em contato e descubra como implantar o APPCC de forma prática e eficiente na sua indústria.